SIGNOS LINGUÍSTICOS
Nesta unidade trataremos dos signos lingüísticos instaurado por Fernand Saussure, considerado o pai da semiologia, ciência que estuda os signos. Segundo Saussure os signos são códigos convencionados socialmente por uma comunidade que compartilham as mesmas experienciais coletivas, mas nenhum deles é totalmente consistente, ou seja, podendo ser mudado a qualquer momento. Nos signos existe uma forte relação entre o significante (material) e o significado (idéia), por exemplo, o significante pode ser um objeto ou um fato que adquiri para o individuo uma idéia ou um significado. Os signos lingüísticos estão divididos em naturais (índices) e artificiais (lingüísticos- signos verbais- e os não lingüísticos- símbolos).
Os signos naturais ou índices são os produzidos sem a intervenção humana na fonte produtora, ou seja, é qualquer elemento da natureza que não pode ser utilizado pelo homem para se comunica com seu semelhante, por exemplo, nuvem x chuva, fogo x fumaça, estes são meramente convenção cultural. Enquanto que os signos artificiais é a criação da mente humana com o propósito de comunicação (inclusive servem para fazer a leitura dos signos naturais), por exemplo: placa de transito, tabuleta etc. sua criação tem intencionalidade.
Os símbolos são objetos que representam noções abstratas, ou seja, um pedaço de tecido preto pode ter vários significados ( luto), a cruz, que para os cristãos significa a morte. Mas em muitos casos sua representação pode ser inadequada ao conjunto das noções simbólicas. Existem também os sinais não-signicos, os ícones e as imagens que se assemelham aos signos naturais, mas não tem a mesma fonte produtora, sendo aqueles produtos da intencionalidade humana, e este produto da natureza. Os ícones são representados pelas onomatopéias (tique- taque do relógio).
Baseado nesta teoria de signos lingüísticos foi possível analisar o grupo quilombola de Macapazinho, e identificamos um serie de signos, como por exemplo, o caminho para ir à horta, as casas, no centro comunitário lugar de encontro para dividirem suas experiências e reafirmarem sua cultura, a escola, a estrada para cidade, ao plantio de mandioca de onde eles tiram seu sustento etc. Isto é caracterizado um signo porque todos os nativos de Macapazinho sabem o significado do caminho, havendo também a questão dos signos de identificação da cultura afro como as imagens contidas na parede do centro comunitário, as tranças, as imagens dos africanos nos navios negreiros da época da escravatura no Brasil, sem contar o terreiro com suas entidades protetoras e a dona Maria por ser a mais velha do grupo, no qual serve como base de pesquisa.
É isso ai rapazeada parabéns pelo trabalho...
ResponderExcluirmuito interessante mesmo...
abraços