sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SIGNOS LINGUÍSTICOS
Nesta unidade trataremos dos signos lingüísticos instaurado por Fernand Saussure, considerado o pai da semiologia, ciência que estuda os signos. Segundo Saussure os signos são códigos convencionados socialmente por uma comunidade que compartilham as mesmas experienciais coletivas, mas nenhum deles é totalmente consistente, ou seja, podendo ser mudado a qualquer momento. Nos signos existe uma forte relação entre o significante (material) e o significado (idéia), por exemplo, o significante pode ser um objeto ou um fato que adquiri para o individuo uma idéia ou  um significado. Os signos lingüísticos estão divididos em naturais (índices) e artificiais (lingüísticos- signos verbais- e os não lingüísticos- símbolos).
Os signos naturais ou índices são os produzidos sem a intervenção humana na fonte produtora, ou seja, é qualquer elemento da natureza que não pode ser utilizado pelo homem para se comunica com seu semelhante, por exemplo, nuvem x chuva, fogo x fumaça, estes são meramente convenção cultural. Enquanto que os signos artificiais é a criação da mente humana com o propósito de comunicação (inclusive servem para fazer a leitura dos signos naturais), por exemplo: placa de transito, tabuleta etc. sua criação tem intencionalidade.
Os símbolos são objetos que representam noções abstratas, ou seja, um pedaço de tecido preto pode ter vários significados ( luto), a cruz, que para os cristãos significa a morte. Mas em muitos casos sua representação pode ser inadequada ao conjunto das noções simbólicas. Existem também os sinais não-signicos, os ícones e as imagens que se assemelham aos signos naturais, mas não tem a mesma fonte produtora, sendo aqueles produtos da intencionalidade humana, e este produto da natureza. Os ícones são representados pelas onomatopéias (tique- taque do relógio).
Baseado nesta teoria de signos lingüísticos foi possível analisar o grupo quilombola de Macapazinho, e identificamos um serie de signos, como por exemplo, o caminho para ir à horta, as casas, no centro comunitário lugar de encontro para dividirem suas experiências e reafirmarem sua cultura, a escola, a estrada para cidade, ao plantio de mandioca de onde eles tiram seu sustento etc. Isto é caracterizado um signo porque todos os nativos de Macapazinho  sabem o significado do caminho, havendo também a questão dos signos de identificação da cultura afro como as imagens contidas na parede do centro comunitário, as tranças, as imagens dos africanos nos navios negreiros da época da escravatura no Brasil, sem contar o terreiro com suas entidades protetoras e a dona Maria por ser a mais velha do grupo, no qual serve como base de pesquisa.




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

      Ler, escrever e compreender a matemática por vários signos lingüísticos.
A matemática tem sido considerada como uma entidade que habita uma esfera superior no qual poucos podem compreender Isso fica evidenciado na linguagem matemática, por ter uma grande variedade de elementos simbólicos que podem ser compreendidos em diversas formas. Segundo Daniluk "compreender”, não é apenas entender o que as coisas representam, “mas entender o modo de existir dessas coisas no mundo”- no-mundo"( Daniluk, 1989, p. 23 ). Neste sentido vamos esclarecer o  verdadeiro significado da matemática e de sua linguagem.
A simples palavra matemática é capaz de despertar diversos sentimentos dos mais contraditórios, desde o arrepio até o mais franco entusiasmo. Estes sentimentos podem ser resgatados por meio de nossa vida escolar, que trazem lembranças, vinculadas a matemática. Para alguns, eles aparecem de uma forma não muito positiva, para outros sem nenhuma lembrança mais marcante e alguns evidenciando, o professor de matemática em seu trabalho, busca mostrar outro lado da matemática entre emaranhados de símbolos, regras e propriedades, o verdadeiro significado e a sua importância como área de conhecimento. A matemática sempre esteve presente em nosso cotidiano e em quase todas as áreas de conhecimento, dessa forma é fundamental para todos nós compreender a matemática em suas diversas formas, é o que enfatiza bem D' Ambrósio (1993) “Não encontraremos no cotidiano de todos os povos e de todas as culturas, atividades que não envolvam alguma forma matemática, mas não aquela matemática que está nos currículos escolares e que é ensinada na sala de aula".
Para entender a matemática é necessário resgatar as tarefas matemáticas envolvendo as diferentes expressões de linguagem no desenvolvimento dos conceitos, noções e do próprio pensamento. Todavia, a linguagem matemática e sua compreensão somente serão possíveis se a língua for utilizada de maneira correta, para isso e preciso entender todas as linguagens matemáticas. Sobre a linguagem matemática, vale dizer também que, muitas vezes, ela é considerada como a única forma possível para expressar as idéias e os resultados da matemática,